Na luminosidade dos espaços que percorremos
mora o Sentido dos espaços que percorremos.
Uma vez passados os últimos bosques e as últimas sarças,
as paisagens são imensas e fogem sempre para longe.
Poder-se-ia crer que o Norte se excluía para o Alto,
que a Terra abandonava ali a sua Missão de se desenvolver continuamente no serviço à Estrela
se não se descobrissem vastos caminhos perdidos
perdidos pelo homem adormecido . . .
São caminhos diferentes dos caminhos,
porque estão no Interior dos caminhos, são caminhos que conduzem a . . .
terras mais claras,
tribos doces,
completamente desconhecidas . . .
os habitantes violeta e azul dos desertos do Espanto ...
Os habitantes das Cidades Ocultas . . .
Antes de Lá chegar
ainda se pode ver
nas terras que antecedem esse Éden
os triângulos de pássaros selvagens migrando
O céu que se mancha de púrpura anoitecendo
e o pato bravo e o cisne assim como o pequeno pato de pescoço azul e verde,
deslizando sobre a superfície do Ser do Monte Sagrado . . .
vivendo sobre os espelhos dos Grandes Lagos.
Antes de lá chegar
tudo parece normal
bio - temperado,
eco - fluente.
Os pássaros partem antes do gelo para destinos longínquos
mas nunca deixam de voltar quando o Sol brilha de novo
e, nos prados, as ribeiras retomam o seu curso.
Voltam sempre ao sítio onde nasceram
para que uma vida nova rebente.
Estes pássaros . . .
Os gansos selvagens canadianos
sabem que existem Cidades Ocultas no seu habitat.
Outras humanidades, outros Olhos
sob a aparência da paisagem . . .
E quando regressam também o fazem, por isso. . . .
Os pássaros conhecem esse habitantes leves
e os seus Luminosos Corações de Transporte . . .
Os Corações sem solidão, ali no coração da solidão . . .
Disseste Monte Shasta ?
Os pássaros sabem. Cada tudo é absolutamente tranquilo.
Andre louro 1985
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