martes, 28 de junio de 2011

Aspiração 2 Parte (2001)




Um ser que vive em Aspiração a uma Vida Superior é um ser para quem a realidade se transforma num símbolo. E num livro. Então, cada palavra é a palavra que tinha que estar à frente dele. Mas até lá, até lá, há muito trabalho a fazer no plano da Aspiração. Isto é, no plano da reunião dos fogos de um homem em torno da Aspiração profunda. Em torno de uma coisa que sobe. De um núcleo que pede para ser guindado. É necessário reunir as forças, os fogos, os corpos, a mente, o emocional..., reunir isto tudo num único núcleo. Num único vórtice. E entregar este vórtice lá acima. Como numa oferenda. Porque agora, como vocês devem ter reparado, não há mais oferendas abaixo do próprio indivíduo. Antigamente nós oferecíamos coisas ao Divino. Agora, Ele só aceita uma: que é o próprio indivíduo.
O novo trabalho é, com defeito ou sem defeito, o indivíduo se entrega.
Qual é a diferença entre defeito ou qualidade neste nível de realidade?
Não tem nenhuma diferença! Quer o indivíduo esteja todo aprumado, quer o indivíduo esteja todo desalinhado, desarranjado, psicótico, dissociado..., o Divino não quer saber do teu estado! O Divino quer saber da tua Aspiração! Do ponto de vista Cósmico, estados, estados, são coisas que se resolvem em segundos! Do ponto de vista psicológico, psicoterapêutico, pedagógico, psiquiátrico, o que vocês quiserem..., estados são coisas que demoram anos a resolver. Do ponto de vista Cósmico, estados resolvem-se em segundos! Assim a Aspiração de um ser se una á Ave Branca da sua Alma pairando.
Este novo trabalho, esta conquista de um ponto no qual vocês passam a estar sob controle, implica que o indivíduo, constantemente, leve o seu consciente, o seu pensamento, o seu emocional, o seu físico, o seu etérico, a sua vontade, a um ponto de profunda Aspiração constante. E reunido isto numa espécie de um vórtice, tu tens algo para entregar ao Divino. Não tem que estar bem! Nem curado! Nem alinhado! Ninguém tem que ser um exemplo para se entregar ao Divino! Frequentemente os exemplos são grandes fraudes! Frequentemente! Frequentemente é o outro, o que parecia que não era um exemplo, esse é que estava a fazer o trabalho secreto de Aspiração. E é neste momento de Aspiração que vocês conhecem, que nós conhecemos a área-de-transferência. É na Aspiração que vocês começam a sentir o que é ser transferido. Viver a experiência da transferência do controle. Aspiração é esta tradução da confiança no Divino. E a capacidade que toda a criatura tem de se dirigir para o Criador. O canal está aberto. Sempre estará aberto. Todo o ser criado tem um caminho de retorno. Todo o ser criado já tem, desde o princípio, o seu caminho de retorno. E este estado aspirante, este estado de pedir , de colocar a concentração, a atenção, a dedicação, no próximo nível que temos que viver - não nos níveis onde vivemos, mas no próximo nível em que temos que viver -  e quando isto se começa a tornar um ritmo, uma respiração, quando isto ganha solidez, quando um indivíduo descobre que mais tarde, inclusive - porque isto como se cultiva - dá frutos. E mais tarde vocês percebem a Aspiração já  a viver em nós. Ou seja, essa Energia uma vez activada, ela ganha uma vida própria. Ganha um ritmo próprio. Depois por momentos, é o próprio fundo do ser que pede para aspirar. E o indivíduo tem que só deixar seguir aquilo que ele já pôs em movimento. E neste nível, dá-se a substituição, na hipófise, da vontade humana pela Vontade Divina.
Então isto é totalmente pragmático! Não tem nada a ver com misticismo! Ou, então temos que dilatar a nossa percepção do que é que é misticismo.
Esta região aqui (região superior do crânio), é a região da vontade - portanto é a região do controle. Todo o nosso ser, todo o nosso ser,  responde a esta região. E quando eu aspiro, eu estou ensinado as minhas células o que é o magnetismo das estrelas distantes. Quando eu aspiro, eu estou a fazer um tratamento magnético às minhas células. Quando eu aspiro, eu estou a purificar os meus canais linfáticos. Quando aspiro, eu estou a equilibrar os vários tipos de energias tal como vocês estudam na Medicina Tradicional Chinesa. Quando eu aspiro, os rins, o pâncreas, o fígado, o coração, os pulmões..., tudo isto reverbera numa nova dimensão.
Quando tu aspiras, o inconsciente profundo recebe por detrás, sem que tu tenhas consciência – da mesma forma que os florais de Bach actuam, sem que o indivíduo tenha consciência – o inconsciente profundo recebe um bálsamo vindo dos Anjos e dos Seres que estão encarregados de curar o teu inconsciente profundo. Ninguém cura o inconsciente profundo aqui, nesta dimensão.  E o que atualmente se pede é que o indivíduo aspire. Porque, quando ele aspira, por detrás da consciência dele, existe todo um bálsamo que atravessa as redes e começa a depositar-se lá no profundo e a transformar as bases instintivas dele. É um outro tipo de trabalho.
Então o que vocês têm hoje claramente aberto, claramente disponível, é este canal directo, através do qual a natureza de um ser vai respondendo ao mais alto polo que ele possa encontrar. À mais alta vibração que ele possa conhecer.
Porquê é que vocês acham que nós fomos informados, nós tocámos uma alta vibração? Porquê? Porque é que tomamos consciência de uma alta vibração? Porque é que uma alta vibração nos é apresentada? Não é para nos torturar! Não é para nos dividir! Todos nós já fomos tocados por uma alta vibração. Isto significa que todos nós fomos tocados por algo que não é de cá. Não é humano. Nem tem que ser! Nem tem que se adaptar! Adaptar, é outra instrução. É outro nível de trabalho. E há sempre múltiplos níveis de trabalho, onde vocês encontram energia adaptada.
Mas quando o Instrutor, Esse Outro, vem com a Alta, a Própria, a Pura, Aquela que é directa, que não é adaptada, Ele está nos reverenciando, porque Ele está-nos dizendo assim: Isto é aquilo ao qual vocês já podem responder.                                           
Eu posso continuar a vir disfarçado de Walt Disney. Eu posso continuar a vir disfarçado de estória infantil, de ética, de Declaração dos Direitos do Homem, eu posso continuar a vir disfarçado do que vocês quiserem, mas se vocês quiserem, eu posso vir nu. E nu, é quando o indivíduo é colocado perante uma Vibração Sublime! Uma Vibração Superior! uma Vibração que limpa! Uma Vibração que vem das Regiões Cósmicas, onde tudo está resolvido desde a Eternidade! E esta compreensão, e quando tu és colocado perante essa Vibração mais Alta, isto é uma escola de Aspiração. Isto é a forma que o Divino tem de dizer: Está aqui. Esta é a tua meta. Este é o polo a partir do qual, com o qual, tu te axializas. Este é o polo a partir do qual tu te vais aprumando. Este é o polo a partir do qual tu vais entrando na verdadeira imagem e semelhança. Lá, no criado à imagem e semelhança. É sempre algo que nos parece inatingível. É sempre algo que nos parece impossível. É sempre algo que está, aparentemente, além do nosso alcance. Mas é a Coragem Cósmica – não a coragem existencial, não a coragem dos pioneiros, nem dos exploradores, nem dos aventureiros – a Coragem Cósmica de eu me relacionar com esse Núcleo de Vibração que eu já contactei, e de não me permitir adormecer para esse Núcleo de Vibração Superior, essa coragem, essa frontalidade perante a Força do Universo à minha frente, cura totalmente a personalidade. E é porque um ser tem uma rotina nesse nível mais alto – que é o nível de Aspiração – é porque o ser retorna a esse nível  de Aspiração, é porque o ser se habitua... quando a vida não faz sentido sem ser toda ela um ritual de Aspiração, então eu estou no ponto. Eu estou sob controle.
Quando as pessoas dizem: mas o que é que significa isso de sintonia axial? O que é que significa estar alinhado/centralizado? O que é que significa estar respondendo? O que é que significa o indivíduo aspirar constantemente ao que lhe parece impossível?
É estes seres terem a coragem de se relacionarem com o impossível. É quando um ser se relaciona com isso que lhe foi apresentado..., e o que é isso? Isso é o ponto mais Alto de consciência que o indivíduo consegue manter. É o nível mais Alto de consciência que ele conhece. É para aí que ele vai; ele coloca aí a consciência, fica aí..., e a Mãe Divina cuida do resto. A Mãe Divina cuida de levar os corpos à sua Verdadeira Imagem e Semelhança. Então, porque é que a vida espiritual não funciona? Porque é que fazer trabalho de conferência não funciona? Porque é que a vida está exactamente na mesma durante anos? Porque o indivíduo não faz o trabalho de Aspiração. Porque ele acha que alguém vai aspirar por ele. Porque ele acha que é protegido. Porque ele acha que há um guru qualquer algures, que ainda vai lá na jangada, in extremis, salvá-lo. Porque ele acha que não é preciso aspirar à mais Alta Vibração que ele já contactou. Porque ele tem uma impressão de que está dispensado de fazer a única coisa necessária, que é esta Aspiração, é este trazer a vibração do próprio ser àquele ponto, onde tu sabes que se ficas ali três minutos, entras em controle – passas a ser controlado pela tua Alma. Isto pode parecer abstracto para alguns de nós neste momento, mas não vai ser abstracto durante muito mais tempo. Porque estes protocolos de controle, a nível da hipófise, estão todos a ser alterados.
Quando o ser aspira, ele está trazendo todo o seu magnetismo, todo o seu amor, toda a sua vibração, para esta zona (região superior do crânio).
Então vocês observam em muitas tradições do mundo, que a relação entre os seres num ambiente de sacralização é feita também através deste gesto – a  colocação da energia neste ponto.  É claro que agora, já não é para pôr a mão aqui. Não! Nós já não estamos mais na Era de Peixes. Agora é para todo o ser, todo o ser, vir para aqui. Já não é as mãos. As mãos  é um Mudra. É outra época.  Foi-te apresentada uma Vibração. Procura-a! Foi-te apresentado um Código, uma Energia Superior. Encontra-a! Ela já está dentro de ti. Foi colocado um Íman no teu ser. Um Magneto, um Íman, uma zona de magnetismo concentrado. E é porque eu me vou tornando uno com isto, que eu vou trazendo...   realmente não há mais nada para dizer hoje. É isto. Eu vou dizer isto trezentas vezes. É porque eu me vou tornado uno com isto, coeso, alinhado, centrado, insistindo neste ponto e retornando... e quando eu não posso ouvir mais isto, continuo a ouvir..., e continuo...., que é para ver se eu saio da outra coisa...,          
para ver se eu saio da coisa normal... acabou, não há mais nada para viver no plano normal... é aqui, é neste ponto, é neste nível aqui, é quando eu consigo permanecer nesse nível, quando eu aspiro, que a minha Alma pode começar a tomar conta da vontade. A transferência é feita nesta zona. Esta é a área-de-transferência. Se tivéssemos que a localizar no corpo, é bem aqui, na região superior do crânio, que é feita a transição entre a vontade humana e a Vontade Espiritual. E o que é que acontece quando a Vontade Espiritual circula no campo energético de um ser?
Esse ser não mais é capaz de ofender. Começa bem! Mínimo, mínimo: esse ser não mais é capaz de ofender. Porque ele actua a partir de um ângulo que não é dialéctico. Esse ser não está mais interessado em convencer ninguém, em..., é outro ângulo!
Então, quando a Vontade Pura se começa a manifestar num ser, tu tens finalmente o casamento entre Potência e Inocência.
Como vocês observam, a nossa civilização é uma civilização que não sabe minimamente o que é isto: Potência e Inocência perfeitamente justapostos. Perfeitamente equivalentes. Como é que eu encontro uma Potência Inocente? A Energia do poder é a energia mais fácil de perverter no planeta. Porque esta prova do poder é a última, é a última prova – num certo nível de instrução – é a última prova a que o indivíduo é sujeito. E se o indivíduo não faz este trabalho de Aspiração constante, ele não sabe lidar com a energia do poder. Sabe lidar com a energia do amor. Sabe lidar com a energia da inteligência activa. Sabe lidar com a estética, sabe lidar com a harmonia, sabe lidar com a cura..., mas não sabe lidar com a energia do poder. Vontade-Poder é aquilo que acontece, quando eu aprendi a transferir a minha pequena vontade para a Vontade da Alma. Então pode-se dizer que aquele ser é um ser de Vontade-Poder – que são os seres mais raros de se encontrar em pleno, hoje.
E porque é que se insiste de uma forma tão infantil e primária na Aspiração, como eu tenho estado a fazer? Insiste-se na Aspiração, para que fique bem claro que o encontro com a Alma não é feito nesta dimensão. Não é nesta dimensão. Não é neste tráfego. Não é neste tráfego, aqui em baixo, que o encontro com a Alma é feito. Nem é em meditação. Em meditação, são feitas visitas. São feitos contactos intermitentes. Quando ela acontece! O encontro com a Alma é feito por uma consciência contínua, por uma Aspiração contínua. É quando o indivíduo apresenta um estado contínuo, uma continuidade de consciência, que a própria Alma pode começar a transferir o poder. E porque é que isto é importante?
Porque dentro de muito pouco tempo o planeta vai viver uma crise global de autoridade. E um hiato de poder e de autoridade à escala planetária.
E a forma que um servidor tem de equilibrar os hiatos de poder no planeta é tornar-se poderoso. É quando tu te tornas um centro de poder, e não apenas um centro de amor. Centro de amor é um tipo de trabalho. Centro de poder é outro tipo de trabalho.  Nós lidamos muito – e então Portugal que é um país de Sexto Raio – lidamos muito segundo uma linha de Amor. O amor é a coisa que está o tempo todo... as pessoas confundem espiritualidade e amor, não sei se já repararam.  Há amor? Então, o trabalho está feito. Nem pensar! Estes seres têm que encontrar um triângulo equilátero entre amor, inteligência e vontade. Porque basta que tu tenhas um corpo astral de Segundo Raio e que a tua Alma seja uma Alma de Segundo Raio, para já haver uma comunicação entre a Alma e o corpo astral profundamente fluída. Então, aquele ser liberta amor espontaneamente – porque há uma sintonia de Raios entre o Raio do corpo astral e o Raio da Alma. Isto é: se Alma é de Segundo, ou Quarto, ou Sexto Raio e o corpo astral acontece também ser, é perfeitamente natural aquele ser emanar amor. Donde que, dentro da aura do Mestre, ele não representa um problema de amor. Ele representa um problema de luz ou um problema de vontade. E em Portugal, muito especificamente, a maior parte dos discípulos encarnados não representam um problema de amor. Devido à natureza de Raio do povo, devido à natureza de Raio do corpo astral – é Portugal e o Brasil, caso não tenham reparado – a facilidade com que os seres humanos se ligam, e se aproximam, e trocam energias, é fluída, de uma maneira geral. Depois as coisas começam a não correr bem. Porquê?                 
Porque o Universo não é amor. O Universo é algo muito mais profundo. O Universo é amor, luz e poder. Ou seja: Vontade Divina.
E nós trabalhamos o amor, abrindo o coração e aprendendo que a guerra terminou. Se eu acho que a guerra não terminou, então a guerra não terminou. Eu não sou um fantasma para a guerra e a guerra não é um fantasma para mim. Qual guerra? Toda! Toda esta confusão que este planeta é há milhares de anos. Se eu acho que não terminou, então eu vibro num nível que eu alimento em algum nível; eu estou-me a defender e os seres que se defendem, cedo ou tarde têm justificado o seu instrumento de defesa, os seus aparelhos de defesa. Como se inconscientemente ele precisassem de atrair algo que justifica a defesa. E como o inconsciente tem uma força tremenda, então lá vem o projéctil para justificar que ele deve estar à defesa.
E como é que se trabalha o coração? Aprendendo a abrir isto com base na consciência de que não há mais guerra. Se eu não vibro mais no nível do conflito, então o conflito é um fantasma para mim e eu sou um fantasma para o conflito. Nós não estamos mais na mesma dimensão. Se eu não vibro mais no nível do conflito, eu sou um ponto onde a Terra se encontra resolvida. E como o nosso coração foi feito para estar aberto, não foi feito para estar fechado, como o coração nada sabe acerca de estar fechado... tanto que quando nós fechamos depois começam as complicações... O nosso coração realmente nada sabe sobre estar fechado. Isso para ele é estranho. É profundamente ofensivo. Ele não sabe o que é. É uma agonia, viver com o coração fechado. As pessoas ficam cinzentas. O nosso coração sabe é de florir, é de emanar o seu perfume, é de encher o mundo de pétalas. Isso é o que o coração sabe. Isso é o que ele faz. Isso é o que ele quer fazer: chuva de pétalas. E trabalha-se esta capacidade de emanar a chuva de pétalas, desistindo totalmente da ideia de que vamos ser agredidos. Se eu vivo em Aspiração constante, eu tenho de partida a Aspiração. Isto é, vontade de me unir ao meu Centro de consciência.
Que espécie de hiatos é que saem daqui? Que espécie de acção se liberta deste ser? Que espécie de transmissão acontece através deste ser? E porque é que eu deveria aspirar? Porque o teu amor jamais estará completo sem a vontade. Se eu continuo a trabalhar exclusivamente segundo a linha do amor, eu faço um jardim, mas não um Templo. Templos manifestam-se em plena triangulação. É da triangulação que nasce o Templo. Para que isto ande para a frente, eu tenho que aprender a encontrar o meu triângulo. O meu equilíbrio: vontade, amor e luz.
Os mecanismos através dos quais tu és puxado para baixo têm sempre a ver com flertar, têm sempre a ver com sedução. Ou o servidor seduz os seus irmãos para a Luz, ou é seduzido para a inércia. Isto é simples: há um efeito de rampa, há um diferencial energético. Ou o servidor seduz os seus irmãos de caminhada para a Luz, ou é seduzido para a inércia.  E quais são as formas de sedução mais comuns?
É quando a família acha, ou começa a emanar a ideia de que o outro – que está alinhado e vive em Aspiração – acha que ele é superior. Ou seja, é quando eles lá em casa dizem: tu convenceste-te de que és superior, por estares a fazer isso, por viveres dessa forma. Quando vocês ouvem a família a criticar um ser que está a fazer o trabalho interno, porque se está a isolar, ou porque já não é o que era antes, ou porque acha que é superior, vocês têm aqui alguns dos métodos, através dos quais toda a matriz de controle usa a própria família do indivíduo. Isto significa que eu tenho que começar a olhar para a minha família, não tanto através dos laços emocionais comuns, mas através de uma clareza, através de uma nova lucidez. Eu tenho que ver – e isto é extremamente difícil de ver para a maior parte das pessoas – que forças actuam através dos meus familiares. Isto é: tu dás um beijo no familiar e já estás te desligando do que ele está a dizer. Porque se não dás beijo não te podes desligar, porque ainda estamos aqui num processo que o amor não entrou. Mas eu preciso de estar completamente em harmonia no plano astral. No plano emocional. No plano de sentimento com os meus companheiros de caminho, mas estar completamente desligado de ter que agradar ou desagradar.                                                          
Nós no outro dia definimos que pureza é o indivíduo ser influenciado. Isto é, ele receber a influência do Divino e nada mais. Agora vocês observem as redes de influência que chegam até nós o tempo todo e vamos compreender de uma nova forma o que é que é o Trabalho de Purificação. Trabalho de Purificação não é mudar de vitaminas, ou mudar de método de distender o corpo, ou fazer um trabalho sobre a alimentação. Isso são coadjuvantes.
Trabalho de Purificação é o ser aprender a ser influenciado pelo Divino. É o indivíduo ser cada vez mais influenciado pelo seu Centro e cada vez menos pelo que vem de fora. Senão, não há pureza! Existem teses acerca da pureza!  Mas a pureza realmente é esta influência directa do Divino sobre a consciência. E estes seres com quem nós convivemos o tempo todo, no momento em que um ser – isto é muito importante em termos de engenharia de Ascensão – no momento em que um ser, numa família se eleva, ele criou um diferencial energético. Reparem, isto não tem a ver com o ser querer ou não querer. É uma Lei. É uma Lei. Se tu vives em Aspiração, tu estás a criar um diferencial energético. Um diferencial energético pressupõe um movimento de energia. Como dois pólos. Se pressupõe um movimento de energia, ou a energia média daquele ambiente sobe na direcção da Aspiração que tu estás a propiciar, ou produz uma resistência. Então se eu faço um trabalho de Aspiração Profunda, todo o meu grupo kármico, todos os teus irmãos, começam a receber uma energia mais alta.
Isto significa que estamos sempre em grupo. Estamos sempre trabalhando de mãos dadas. Pareça ou não pareça, estamos sempre a trabalhar de mãos dadas.
Tu sabes que estás sob controle, porque tu vives de novo o estado de criança.
A sequência é: Aspiração Profunda e, no pico da Aspiração, a Alma começa a controlar a personalidade.  Não na Aspiração sonolenta, enquanto não chega..., não! Na Aspiração Profunda, e no pico da Aspiração, lá no ponto fiel, límpido, em que eu realmente,  sinceramente, estou pedindo para ser controlado pela minha Alma – porque se eu não peço para ser controlado pela minha Alma, então é outro trabalho – eu preciso de começar a pedir para ser controlado pelo Eu Superior. De forma a perceber a minha mão parar a meio e voltar para trás. Porque a metade do gesto foi feito pela personalidade distraída, e a outra metade já foi feita pela Alma. Então tu ias fazer algo que não era real e paras a meio do acto. Ser controlado vai a este nível. Tu estás constantemente a perceber uma Entidade mais Profunda a organizar os teus minutos, e a criar um sentido cada vez nobre e cada vez mais eficiente, falando em termos de energia,  dos teus minutos. E quando é que eu sei que estou sob controle? Quando o ser retorna à infância. É quando este ser retorna a um estado de entrega e abandono e confiança na vida equiparável à infância. Então quando tu tens a criança, o poder pode descer. Sem a criança não há poder. Vocês nunca vão conhecer o que é Poder Divino sem se transformarem em crianças primeiro. É pela emergência da inocência – e o que é a inocência? – quando o controle da Alma substitui o controle da personalidade, nasce a inocência.  Então a Aspiração tem esta importância: ela começa por pegar num ser que está cheio de si, e vai esvaziando, vai esvaziando, vai esvaziando..., até que se dá a morte. Depois da morte, ele entrou na área-de-transferência através da Aspiração. Entrando na área-de-transferência através da Aspiração, dá-se uma Renovação. Desce o Poder da Alma que começa a controlar na hipófise e ele começa a ter a sua energia toda substituída nos corpos da personalidade. Uma vez feita esta assunção, há um renascimento. Quando o ser renasce, ele é uma criança. E esta sensação, esta experiência de ser criança outra vez, de não ter nenhum controle pessoal sobre os acontecimentos, é a LIBERDADE.
A criança é a Suprema Disciplina. Porque a disciplina é um ritmo que nos vai integrando a uma Vontade Maior. Supramental. Supra-astral. Quando se deu a substituição das vontades, quando tu já não sabes o que queres, quando tanto te faz, quando tu já simplesmente tanto faz! Quando tu entraste noutra, definitivamente, (claro que isto tem que passar pelos vossos filtros) quando tanto faz, então o indivíduo começa a sentir a criança a nascer dentro dele,a aproximar-se.                             
E quando a criança se instala, tu estás disciplinado. E quando tu estás disciplinado, tu és livre. É muito simples.
Este circuito existe dentro do homem, porque o homem foi criado com a pré-figuração energética de todas as Iniciações. Vocês têm dentro de vocês todos os diagramas que a energia tem que percorrer que correspondem a todas as Iniciações. Estas coisas eventualmente fazem sentido (eu não sei, vamos ver se fazem ou não), mas estas coisas eventualmente fazem sentido, porque dentro de nós, isto já foi construído em Luz. Agora só falta viver. Isto é: nós não fomos educados para isto nesta encarnação – ou em três ou quatro encarnações anteriores. Mas ao seres criado, isto é colocado na Matriz da Existência. Está lá, no teu Ser Profundo. Ele sabe muito bem do que é que se está a falar. Então, nós trabalhamos o Amor pela superação do medo. Na proporção em que o medo vai sendo dissipado, o coração automaticamente abre. Trabalhamos a Luz pelo amor à Verdade. Não há como um ser irradiar Luz, se ele não ama a Verdade. E trabalhamos a Vontade pelo amor ao Poder.
Agora, como é que se põe um grupo de Segundo Raio – como é o caso deste grupo, que é um grupo todo de Segundo Raio – a amar o poder? Porque, como vocês sabem, isto é uma frase extremamente... se isto é entendido em nível humano... Porquê? Porque nós só sabemos amar o poder em nível humano. Eu preciso de amar o poder em nível espiritual. Porque, é quando o poder se instala em ti, que tu deixas de ser um transmissor de ideias e passas a ser um transmissor de realidades. Sem poder, tu não transmites realidades. Transmites ideias. É o poder que transmite realidade.
Qual poder? O poder que se instala no ser após longos períodos de Aspiração a se unir ao Pai. Ou seja, o poder da Alma exprimindo-se através da personalidade. E a forma mais simples que um núcleo deste tipo, um núcleo de Segundo Raio, tem – que é um núcleo de Amor-Sabedoria – a forma mais simples, que um núcleo de Segundo Raio tem para compreender como é que se ama o poder, é perceber que sem poder o amor é ineficiente. E quando se fala do poder, é que quando o poder da Alma se começa a instalar em ti, a aura que tu conténs dissolve, dissipa esses elementais de baixa vibração. Então aspirar é fundamental, porque sem Aspiração tu és uma vítima. Senão é feito esse trabalho de Aspiração, uma vez que o Segundo Raio está fortemente dinamizado, os seres passam o tempo todo a atrair forças involutivas. E como não têm contacto com o poder da Alma – porque não aspiram, porque não vão para a área-de-transferência – o resultado é passarem o tempo todo transformados em almofadas para alfinetes.
Então, nós estamos neste chamamento para a Aspiração, não apenas porque sem Aspiração constante tu não te moves para a frente, mas porque o campo não pode ficar estável sem um trabalho de Aspiração. Não há  estabilidade de campo sem uma Aspiração constante.
A chave evangélica é: Aquele que se ajoelhar será exaltado.
Esta é a chave de contato com a energia do poder. Ajoelhar traduz-se, no contexto deste encontro, por Aspiração. Por Adoração e Aspiração. Aquele que se ajoelhar será exaltado. Ou seja, aquele que se ajoelhar receberá o campo luminoso mais potente. O campo que fará com que ele possa servir até ao nível da destruição. Ou da dissipação de força.
Para que Alma verdadeiramente se exprima através de um ser humano, esse ser humano deverá trabalhar estes três aspectos em grau  equivalente. Sabendo que, quanto mais encontra este triângulo, mais sai do Segundo Raio planetário e entra no Segundo Raio Solar. Então tu estás sempre a trabalhar na linha do amor! Sempre! Este triângulo é Amor! Quando eu começo a viver o controle, quando eu começo a perceber que sou controlado pela Entidade mais Profunda, eu começo a perder toda a pressa de fazer seja o que for, de dizer seja o que for..., eu deixo de ter motor próprio. A vibração não se organiza a partir da personalidade. Quando eu trabalho dentro do controle da Alma – e como nós vimos, eu trabalho dentro do controle da Alma se eu aprendo a aspirar profundamente.                                                                           

É automático – quando eu trabalho dentro do controle da Alma, eu perco toda a ansiedade por fazer, dizer, falar, exprimir, conquistar, arrumar, comprar, vender, insistir..., tu deixas de ter qualquer motor excêntrico, centrífugo dentro de ti. Não há mais velocidade centrífuga. Tu ficas neutro. Alinhado. Exato.

Então o indivíduo sofre, porque ele não aspira! Vamos tirar esta trave dos nossos olhos! Todos nós! O indivíduo sofre, porque ele não aspira! Porque no nível Profundo de Aspiração não há sofrimento! Olhem bem! Lá na Aspiração Profunda, o sofrimento não entra! Nenhum sofrimento! Se eu fico na aspiração superficial, eu aspiro e sofro!

Mas quando o indivíduo entra no Grande Circuito e quando ele percebe o que é esse Dom que o Supremo colocou no nosso ser, quando ele percebe que Dom é esse, o sofrimento não permanece. Porque a Aspiração vai começando a tomar conta do corpo astral, e o corpo astral não pode vibrar coisas opostas simultaneamente.

Então este sofrimento existencial das pessoas por não encontrarem plenitude em nada, é a forma que o Pai tem de dizer: acabou o tempo de brincar com os meus brinquedos no jardim. Eu estou te chamando para o Templo.

André Louro de Almeida.

Belém, 7 de Dezembro de 2001

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