martes, 28 de junio de 2011

O Caminho 1 Parte (2001)




Enquanto os níveis humanos de um ser pertencem à superfície da terra e aprendem os assuntos e as metas vibratórias estabelecidas pela escola que corresponde à superfície do planeta, enquanto os níveis humanos de um ser pertencem à superfície da terra, o teu nível interno, a tua vastidão interior, a tua vasta, oceânica existência, desconhecida além do consciente...,  esta esfera de Luz que reside em nós e dentro da qual nós existimos (é uma ambivalência do ponto de vista espacial, mas é assim: é uma esfera de Luz imensa, dentro da qual nós existimos e, porém, numa primeira fase temos que a procurar dentro de nós),  esta Mónada, ao se autodoar à evolução planetária, ela é integrada a uma civilização oculta da Terra. Então, nós não somos apenas seres multidimensionais, mas somos, igualmente, seres multicivilizacionais.
O Eu Consciente é a parte do nosso ser encarregada das coisas da Terra, das coisas da superfície da Terra. Mas os níveis Profundos, esses níveis da Vastidão Interior, a eles pertence o Reino da Terra Oculta, o Reino Interno da Terra. Então, nós em nível consciente, isto é, em nível sub-cerebral, aquilo que em nós está abaixo da estabilização neurológica produzida pelo cérebro, em nível consciente, nós somos terrestres de superfície. Mas em nível supra-cerebral, nós somos todos, para começar, Intraterrenos. E, em nível Cósmico, todos nós somos, como é óbvio, como é sabido, Filhos das Estrelas!

E, um trabalho actual, um trabalho pioneiro, um trabalho novo, uma egrégora que vise apanhar o fulcro, o ponto onde o Logos está iniciando uma nova instrução sobre a sua humanidade, onde o Logos está iniciando uma nova educação da sua humanidade..., um trabalho actual, é o trabalho que nos dignifica nos níveis Profundos; é o trabalho em que nos é proposto um olhar além do que nós somos, como habitantes da superfície da terra. É um trabalho em que o ser tem oportunidade de vibrar acima da vibração comum terrestre e fazer isso em uníssono com outros seres. Donde que, um trabalho actual, isto é, um trabalho que não tem como vocação substituir-se aos trabalhos de nível psicológico, psicoterapêutico, astrológico, analítico, mental ..., (embora reconheça a utilidade do trabalho de todos esses níveis),  é um trabalho, que tem como  aspiração ir com o vento! Um trabalho que tem como aspiração mover-se pelo vento! Ou seja, contribuir para perceber qual é o estímulo consciente mais Alto que um ser humano pode receber em equilíbrio, em crescimento, em expansão, sem que esse estímulo mais potente, mais profundo, mais alto não colida com o seu equilíbrio psicológico, não colida com seu equilíbrio psico-afectico, mas um trabalho que realmente busque apanhar o ponto em que o Logos deste Planeta está a tentar beijar a sua humanidade, está a tentar tocar a sua humanidade e  levá-la para um novo patamar. E isto chama-se ir com o vento.

Um trabalho que vai com o vento, é um trabalho no qual os seres perdem massa, os seres perdem gravitação, os seres perdem bagagem, os seres perdem fórmulas, perdem fórmula, os seres perdem previsão, planeamento..., e, contudo, nunca o ambiente desce a níveis inframentais, isto é, nunca o ambiente se permite tocar o supersticioso.

Um trabalho que vai com o vento, portanto, um trabalho que tem como ponto de partida o Intuitivo, a todo o momento, pela qualidade vibratória, ele dignifica a mente. Ele honra a mente, ele dignifica o emocional, ele honra o equilíbrio psicoafectivo das pessoas. Simplesmente, é um trabalho que precisa de perder bagagem, bojo, perder lastro, de forma a que a ambiência como um todo, seja a de crianças leves, descalças, transparentes, que estão no mistério, na descoberta, na atitude prospectiva (não retrospectiva), aprendendo a amar o toque da Luz no momento em que ele acontece.
E a Lei, para que um grupo se estabilize no nível Intuitivo, é ele não ficar criando vibração, agitação, interesse, depois da Luz ter tocado. É um trabalho, saber ser tocado pela Luz e já está indo..., e é tocado e já está indo ..., e é estimulado e abençoado e já  está superando-se a si próprio. Isto é: é um trabalho que, constantemente, deixa para trás o que correu bem no dia anterior. É um trabalho que não faz escola. Que não pode ser sistematizado. Não, no sentido em que a palavra sistematizado é utilizada.

 Ir com o vento, que é uma expressão que classifica o nível Intuitivo, não significa que o indivíduo fique a apanhar sol à espera que o Anjo da Guarda dele lhe traga um pergaminho... Significa que este ser tem os seus níveis humanos bem arrumados, ou arrumados quanto possível, mas que está aprendendo a se desapaixonar dos seus níveis humanos, está a aprender a entregar os seus níveis humanos a Quem sabe mais, a Quem sabe mais acerca do homem, em Quem conhece mais o segredo, a chave da harmonia humana, mais do que o próprio homem. É um ser que está aprendendo a entregar o homem em si, ao Divino em si. E, é porque eu vou aprendendo a entregar a minha parte processual, a minha parte dialéctica, a minha parte de contraste e reacção ao meio ambiente e a tudo o que vocês já sabem..., é porque eu estou aprendendo a entregar essa parte, a Quem sabe mais sobre o homem, que eu tenho direito, que a Lei me permite ficar estabilizado no nível Intuitivo do Ser. E, ao mesmo tempo, eu vou sentindo esse toque da Luz, esse toque da Clareza, esse toque da Leveza, esse toque inexprimível do Ser Interno!... E o toque acontece, e eu sou transformado pelo toque, eu sinto esse toque, esse insight, essa realização súbita,  essa iluminação pequena, rápida, profunda e súbita, e já estou soltando aquele insight, já estou largando..., porque vem mais...

Isto são duas chaves importantes, para que um grupo aprenda a estabilizar-se no nível Intuitivo:

Primeiro, ele tem que perder carga, perder bojo, perder carreirismo, perder noção planificada, perder projecto... Um grupo Intuitivo é um grupo que não tem projecto; é um grupo que não sabe para onde vai -  sabe para onde não vai, mas como é um grupo Intuitivo, não tem a mínima noção porque é que está ali. Porque, se tem alguma noção, é um grupo mental superior, é um grupo filosófico... É um grupo filosófico de alta qualidade, mas é um grupo filosófico! Um grupo Intuitivo não sabe, não vê, não escuta... (é como aqueles três macacos...) O grupo Intuitivo está neste nível de vibração. Este é o nível de vibração em que o grupo é levado pelo vento, e não pelo cristal mental, e não pelo organizador mental. Nós podemos ser profundamente anciãos, em termos de experiência terrestre, até ao mental superior; nós podemos, mesmo, ser anciãos: nós podemos ter netos, podemos ter património, podemos ter formação, podemos ter maturidade, podemos ser já seres batidos pela existência..., o que vocês quiserem ... Mas isto pára, no mental superior.
Porque, quando eu entro no nível Intuitivo, eu sou só posso ser uma coisa: um menino, uma criança! Ninguém sabe nada no nível Intuitivo. O nível Intuitivo é comparável a uma membrana feita de Luz, que vibra acima do cérebro o tempo todo, e a que se  chama o Plano Causal, e que é claramente representado, nas iconografias tradicionais, pelo Cálice. Por essa antena parabólica encarregada de receber.

O nível Intuitivo é totalmente feminino. Eu posso ser um herói épico até ao mental; porque, todo o herói épico, todo o capricórnio, todo o que sabe, todo o sábio, chega ao nível Intuitivo e, ali, é uma menina de seis anos de idade! Toda a gente! Toda a gente fica menina com seis anos de idade no nível Intuitivo!

Isto é, o ser e o grupo a que ele pertence, têm de desenvolver uma qualidade totalmente feminina em termos subjectivos, em termos internos... Ele pode ser completamente activo, yang, masculino..., o que vocês quiserem no nível processual, no nível operativo, perante as forças do mundo, e perante, até, o savoir faire do que vai aparecendo, à medida que os dias passam ...

Mas, no nível Intuitivo, não há nenhum esquema, não há cristalização. É o gotejar constante de um orvalho que precisa de ser deixado inominado, inclassificado, para poder vibrar sobre nós! Precisa ser deixado sem palavra, sem definição, lá, livre, no seu próprio plano!... E, aqui, todos nós somos crianças de cinco, seis anos de idade!...

Esta é a mensagem!

Quando grandes Entidades  Cósmicas insistem em passar informação através de crianças, pastores analfabetos, como o que aconteceu em Fátima, em Garabandal, em Lourdes, etc., o que eles nos estão a dizer, não é que eles estão a mitificar a criança, ou que a criança é o caminho, que vamos ter que ficar infantis ... Eles estão a dizer, que é no Plano Causal que se recebe a Verdade! Não no mental. É isto que significa a Virgem falando aos três pastorinhos. É no Plano Causal, isto é, é onde nós somos sempre crianças  e é onde a vida é fresca, é onde a vida não pode ser repetida, porque nasce nova a cada momento..., é neste nível, que nós podemos saber o que é verdadeiro a cada minuto; o que é real a cada minuto. Claro, que isto implica, falando do ponto de vista da parte terrestre do nosso ser, isto implica um desbloquear dos centros, uma abertura do coração..., aquilo que os terapeutas falam o tempo todo.
Mas o trabalho é eu aspirar a viver nesta parabólica, nesta antena receptora sobre a minha mente. O trabalho é eu estar neste nível, como uma criança, brincando ao calor do Sol da minha Mónada! (Só espero que isto não vos pareça demasiado poético, porque isto é mesmo assim!...) Eu preciso ficar este ser leve, transparente, despojado, totalmente confiante, porque há um Pai que olha... E se eu faço apenas um trabalho mental, eu vou viver com sentimento de desprotecção, porque a protecção não está no mental! E se eu faço apenas um trabalho emocional, eu vou viver com um sentimento de desprotecção, porque não há protecção no emocional! E se eu faço apenas um trabalho físico-etérico, o que hoje já seria uma coisa um bocado Lemuriana, eu continuo com sentimento de desprotecção.
Para que esta angústia, de um indivíduo se sentir exposto e desprotegido, seja removida, eu necessito de fazer um trabalho Intuitivo, eu necessito ir para o meu nível Intuitivo. Eu tenho que ter todos os dias um momento em que eu não sei NADA. Porque, se eu não tenho, por dia, cinco minutos de total ignorância, eu não aprendo a vibrar no Intuitivo. Eu fico prisioneiro no mental. Eu fico prisioneiro no emocional. Eu fico prisioneiro no físico-etérico. Eu necessito de ter uns minutos por dia -  cada um terá a sua medida -  em que eu não sei nada!! Eu preciso de ter o sabor de não saber coisa nenhuma!... E de não reagir a coisa nenhuma!... Eu preciso de encontrar esta ignorância em mim. Porque, se eu não encontro esta ignorância básica, esta ignorância fundamental, não há acesso ao nível Intuitivo. Isto é, se eu não encontro estes cinco minutos de profunda ignorância, não há Sabedoria. (É claro, que esta palavra “ignorância” tem que passar pelos vossos filtros todos, com as aspas que vocês entenderem.) Eu fico na ignorância mental, eu fico na ignorância humana, terrena, que é toda sábia, mas não é a Outra Sabedoria. Eu preciso de ter esta experiência de criança, surpreendida, por uma Entidade Cósmica em cima de uma oliveira. É isto que eu preciso trabalhar na minha Consciência Profunda.
Um grupo, um núcleo de trabalho precisa de chegar a esta ignorância, isto é, a esta abertura, livre de samskaras, livre de sementes mentais, livre de vibração intencional, sem ter nenhuma intenção, senão a de ser um Vaso do Verbo. Esta é a única intenção admitida no nível Intuitivo, no nível supramental. Chama-se a isto, espiritualmente, ser como uma criança.

E quando é que eu sei que estou a fazer bem o Trabalho Intuitivo?

Eu sei que estou a fazer o Trabalho Intuitivo, quando me sinto completamente seguro para além de todos os meus receios. É quando tu não encontras mais o medo, que tu estás estabilizado no plano intuitivo. E, tu sabes que estás a fazer um trabalho de contacto com o nível intuitivo, isto é, que estás a deixar-te levar pelo vento, no dia em que aprendes a viver sem medo. No dia em que o medo não pode vibrar mais no teu campo energético. Não há medo acima do mental! Quinze centímetros acima do nosso crânio ..., e não há medo! São só quinze centímetros!...
E, é quando o ser aprende a viver fora da sua cabeça, fora do seu crânio, que ele descobre esta realidade aqui em cima, onde a Paz é tão sólida como um diamante. Sem fissuras! A fórmula perfeita! O comando! E, para que um grupo possa viver uma realidade Intuitiva, para que um grupo não se deixe prender numa realidade mental, emocional, física..., ele precisa de viver para além do crânio, para além da cabeça, para além daquele nível de saber... É quando o grupo chega ao estado de não saber, minimamente, porque é que está ali. É quando ele chega ao ponto de ficar completamente entregue, sem saber o que vai acontecer nos próximos cinco minutos. É nesta vibração que nós estamos realmente a navegar. Aqui, tu começas a sentir o Vento! Aqui, tu começas a sentir um  Alento, uma inteligência autogerida, que não é uma inteligência mental! É brisa doce, eléctrica, das coisas Internas.  Esta brisa, doce e eléctrica, que vem dos mundos Internos, vai renovando o Prato da Parabólica, vai sempre introduzindo uma Verdade Maior..., vai sempre sendo substituída, uma Pérola por outra Pérola... Porque, quando a mente percebeu uma coisa, aquilo já não é real no Plano Interno. Quando vocês, aqui em baixo, percebem: Ah, a tarefa é fazer um hospital espiritual para crianças com leucemia... vocês perceberam a tarefa aqui em baixo, ela é real aqui em baixo, mas ela já não é mais real nos Planos Internos! Os Planos Internos já estão a preparar outra coisa!...

A tarefa é o que não é, a tarefa é o que tu não apanhas, a tarefa é o que  passa entre os dedos, a tarefa é o Vento... E tu sentes a vida a regenerar, quando a tua personalidade é descongestionada, pelo facto de tu  teres atirado a tua consciência bem para fora do crânio, bem para fora da pessoazinha, bem para fora disto aqui ... É quando eu jogo a consciência no Infinito, que a minha personalidade começa a descongestionar-se.  Porque, enquanto eu estou interessado na minha personalidade, ela está congestionada..., eu tenho uma lente que está a fritar os meus próprios veículos!
A lente de um iniciado, a consciência de um iniciado e a consciência de um discípulo, não foram feitas para estarem viradas para o próprio ser. Se tu já estás tendo a lente tornada transparente, não a vires para o próprio ser! Porque, se tu viras a lente Crística para o próprio ser, queimas os corpos! Saturas os corpos com mais energia do que eles precisam. Os teus corpos já estão a receber toda a energia que precisam! A lente da consciência tem que se lançar para o Outro, para o Homem, para a Humanidade e para o Infinito!... Esta lente precisa de ir para além dos próprios corpos, para além da preocupação consigo mesmo. Isto é simples: eu preciso jogar a minha consciência para longe de mim, para o alto. Eu preciso de explorar o funil, até eu chegar ao oceano. Senão eu afunilo  e, quando eu afunilo, os corpos congestionam: a coluna não funciona bem, o sangue envenena, o sistema nervoso acelera, a mente não pára... Como é que a mente vai parar, se tu ainda achas que há alguma verdade na mente? Como é que queres que ela pare?... Como é que esta mente vai parar? Porque depois, as pessoas fazem meditação... claro, vivem o tempo todo a achar que há uma verdade mental e depois fazem meditação, para ver se acontece qualquer coisa... Enquanto eu achar que a minha mente contém alguma verdade, os meus corpos congestionam.
A mente pode conter soluções para situações mecânicas, situações logísticas, situações semânticas, situações linguísticas, situações didácticas..., é tudo material, é tudo matéria!... A nossa mente é óptima para logística. Para mais nada!
Eu preciso de ter claro, que a minha mente não tem verdade nenhuma. Que ela  não sabe o que é a Verdade. Ela bem procura, mas não encontra. Eu preciso ter claro, que o meu emocional não sabe o que é o Amor. Ele bem procura, mas não encontra. A mente procura a verdade o tempo todo, o emocional procura o Amor o tempo todo, e não encontram. E depois o indivíduo põe a lente da consciência  sobre os corpos..., e aquilo ainda aumenta mais..., e frita... E frita porquê?
Porque um ser, que está em contacto com o Eu Superior, é uma lâmpada, é um calor, é uma intensidade..., vocês são uma intensidade! Vocês são uma intensidade, vocês são térmicos, vocês são consequentes, vocês são radiação, vocês são palavra viva, vocês são Evangelho VIVO!... Vocês são intensidade, mas não para vocês mesmos! Eu sou intensidade, mas não para mim! Eu não tenho que me autointensificar! Eu não tenho que ficar nesse nível! Eu tenho que aprender a projectar o meu ser bem para longe dos meus corpos!... Eu tenho que me desabitar, eu tenho que me doar, eu tenho que me entregar, eu tenho que criar um espaço habitável – um habitáculo, para a Divindade residente tomar controle.
Eu preciso de explorar a forma, como eu permito ser-me controlado...

Então, nós estamos a usar esta expressão, o indivíduo lançar-se para longe, para além dos seus corpos, não para as pessoas ficarem alienadas e a bater com a cabeça nos candeeiros... Porque há sempre uma parte de nós que acha que é isso: eu lanço-me para fora dos corpos... fico num estado beatífico e bato com a cabeça num candeeiro...   Tu lanças  a consciência para fora dos corpos, porque o indivíduo está a aprender a Amar mesmo!... O que é Amar?  É ser tudo! Ser tudo, é Amar!... Isto não vai produzir miopia, nem falta de navegação, nem falta de navegabilidade, aqui na terceira dimensão!... Nós não estamos a falar de fenómenos ópticos e objectivos, porque uma pessoa vai detectando a forma como as nossas mentes reagem ao que está a ser dito. Porque a mente quando ouve dizer uma coisa destas, entra um bocado em pânico...

O indivíduo  precisa de se lançar, como um pássaro, para além da sua localização, da sua mente, do seu crânio, do seu local... Ele precisa de conquistar o espaço, à volta dele, acima dele, ao longo dele, para além dele... Isto é tão verdade, quanto o facto de que o próprio corpo físico está dentro da Mónada, não fora! Quando vocês entram numa escola mística o instrutor diz: Procura dentro de ti!  A Mónada está lá no fundo... a Centelha está lá dentro, lá bem dentro... Quando se diz, Procura dentro de ti,  isto é, procura numa dimensão Superior! Com o passar do tempo, à medida que o ser avança, tu começas a compreender que não há dentro, nem fora, que o próprio corpo físico, espacialmente falando, está dentro da Mónada, não fora.  O nosso corpo vive in  Mónada, no UNO, dentro da vibração Una, dentro da Mónada! Por isso é que, quando as Curas Espirituais começarem a acontecer, a sério, para além dos centros onde elas têm acontecido até hoje, como Fátima, Lourdes, Garabandal, etc., quando as Curas Espirituais começarem a acontecer, a sério, é quando o indivíduo compreender que o corpo está dentro do Espírito! Não é o Espírito que está dentro do corpo! Esta inversão é fundamental! Que é para eu começar a voar! Dizer que o Espírito está dentro do corpo é a antiga coisa, é outra instrução. Eu preciso de perceber, que nada existe fora do Espírito!
As Escolas de Cura Cósmica, que é um assunto que tem muito a ver com o nosso trabalho, são escolas que activam a percepção de que o corpo está dentro do Holóide, do Veículo Supremo, do Veículo Divino, da Merkabah. O corpo está dentro do Holóide, não fora! Isto significa que o espaço à nossa volta é Divino! E que pode ser activado, Divinamente! E há uma Entidade/Identidade Cósmica que nos envolve, inclusive, o corpo físico. A partir daqui, até à Cura Cósmica, é um passo!
Claro, que eu ainda vou trazendo energia de cima, passando energia com as mãos..., claro, porque isso faz parte da aprendizagem! Mas, quando o indivíduo percebe, que o corpo dele está DENTRO do Divino, está dentro da sua própria Mónada, não são precisas mais antenas transmissoras de energia! Aqui é uma realização do UM para o UM! É quando o indivíduo isto! 

Um núcleo que está  aprendendo a vibrar no plano Intuitivo, é um núcleo que funciona como um barco. Há um leme, há uma tripulação, há um casco, há um meio - um fluído no qual esse se move. Mas o vento é sempre apanhado numa direcção que não se conhece..., e tu não sabes, mais uma vez, quando ele sopra. Mas a atitude do núcleo, é manter a vela bem limpa, e estar a postos! Manter esta vela bem limpa, bem sem nenhuma intenção, sem nenhum projecto, nem nenhuma figura de estilo, sem nenhuma estrutura formal..., manter a vela limpa! Ou seja, o grupo encontra a sabedoria, quando assume a ignorância. É quando o grupo não faz ideia nenhuma, porque é que está ali, e porque é que magneticamente persiste, e porque é que descobre, e aprofunda, e cresce, e se desenvolve, mas sem saber porquê... É quando o núcleo está neste ponto, a que eu chamei ignorância, (por conveniência dialéctica minha, porque nós não sabemos se isto é ignorância...), é quando o núcleo está neste ponto, que começa a soprar o vento! E o núcleo é tão mais inspirado, quanto se conseguir manter assim, sem saber..., ir sendo..., ir vendo acontecer..., e ir observando o que só pode ser daquela forma..., e mantendo-se fluído, flexível, ágil... Não inerte, ágil! Então, estes dínamos do Intuitivo, a que as pessoas chamam Os Mestres Ascensos, estes dínamos do Intuitivo, vão passando as suas aragens e os seus centros de baixa pressão e alta pressão ..., e o grupo, pode-se dizer, que é um grupo Inspirado! Ele é inspirado, porque ele soube ir deixando para trás as vibrações mentais, as vibrações comuns. E soube erguer a sua aspiração, e manter a sua aspiração alta, ao ponto de receber esse combustível invisível que o leva para diante.
Eu não sei se isto se aplica necessariamente a este núcleo aqui. Isto é um trabalho universal; é real para os grupos em geral. 

Continua...

UM ENCONTRO COM ANDRÉ LOURO
Belém, 21 de Dezembro de 2001

(Transcrição por Emília Simões)

No hay comentarios:

Publicar un comentario