Alguns  de vós deixaram já os compromissos para com a antiga civilização de  superfície. Eles já abandonaram de forma decidida, o antigo veículo  coletivo onde tantos irmãos ainda se batem, ainda se confrontam.
                 Alguns desses irmãos estão conosco. Alguns desses irmãos foram  integrados a tarefas próprias dos mundos internos. Outros irmãos estão  na superfície trabalhando dentro do plano. Esses irmãos podem ter ou  podem não ter consciência da energia e da origem da energia que os  atravessa. É o caso de muitos de vós. É o caso de muitos daqueles que  estão agora a ouvir essas transmissões.
                 Falamos para esses. Para os que já estão definitivamente no caminho que  os conduzirá à realidade superior. Falamos para aqueles que tem  consciência desse caminho e que trabalham dentro dessa consciência. E  falamos também para os outros que até agora não tenham tido consciência  da origem do seu altruísmo, da origem da sua generosidade, da origem do  seu amor profundo mas que estão sendo agora chamados no sentido de  consciencializar de uma forma mais completa, a sua vida interior.
                Estão  a ser chamados para desempenhar um trabalho diferente daquele que tem  desempenhado. Um trabalho onde a consciência do serviço possa  potencializar os atos e a energia que o ser emite. A intenção, o ritmo.
                Queridos irmãos, uni-vos aos Conselhos. Integrai-vos como unidades conscientes, como unidades responsáveis. Integrai-vos  à grande pirâmide eterna que protege o planeta Terra e que é filha da  pirâmide que constitui a consciência deste sistema solar.
                 Está aberto o tempo, está aberto o canal temporal, está aberto o canal  energético para que o vosso ser possa ser sintetizado nestes oceanos de  consciência. Apesar de muitos de vós haverem já assumido passos  importantes, detectamos com freqüência nas suas atmosferas interiores a  presença paralizante da dúvida. Contudo, para um ser que se integrou a  nova vibração, para um ser que se integrou ao novo ritmo, a dúvida já  não desempenha o papel metódico, o papel de defesa que desempenhava  antes.
                 Vocês estão a ser chamados para viverem acima da razão, estão a ser  chamados para estabilizarem-se acima dos mecanismos próprios dos  veículos inferiores. Vocês sabem isto. Vocês sentem o apelo. Aquele que  já viu a meta, perdeu a dúvida. Aquele que vê a meta, não permite que se  voltem a se formar teias etéricas de baixa resolução, entre a sua  consciência e a meta que o seu ser interior elegeu.
                 O ser interior elege uma meta cósmica e tudo fará no Amor para integrar  todos os pólos de consciência que compõem um ser total, na busca dessa  meta cósmica. Vós sabeis que tudo aquilo que é correto para vós, tudo  aquilo que está certo para vós, tudo aquilo que corresponde ao que vós  sois, está contido na vossa meta cósmica. Aquele que já contemplou a  meta interior, não permite que redes etéricas voltem a obscurecer a  verdade que ele um dia contemplou.
                 Este ser, cada um de vós, este ser que tem a visão da meta, este ser  que consciencializou para onde se dirige, e o que o espera, sabe que ou  isso, ou não é nada!
Ele sabe que na visão da meta passou por uma transformação total do seu sistema interior.
                 A visão da meta simplificou, pela ação da economia cósmica, simplificou  as suas operações mentais. Simplificou o seu raciocínio, sintetizou o  seu mundo interior. A visão da meta sintetizou as suas atmosferas  emocionais, as suas atmosferas conceituais, os seus ritmos ocultos.
                 Este é um Ser - síntese. É um Ser que é animado pela energia de  síntese, pela energia que está vinculada ao Pai. Este Ser já não vive no  mundo. Este ser vive na própria Vida.
                 Cada um de vós está percorrendo um mapa de referências interiores de  tipo cósmico de natureza cósmica, que caberá por conduzi-lo, este mapa  interno que caberá por conduzi-lo à meta.
                 Cada um de vós é potencialmente este ser - síntese. Este ser  consciencializou que a Vida é um oceano de consciência infinitamente  criativo. Ele não conhece fronteiras, ele não opera ao nível dos limites  de coisa nenhuma, sobre coisa nenhuma.
                 Todos vós, cada um num grau e numa voltagem compatível com o  desenvolvimento de sua vida interior, cada um de vós teve o contato com o  caminho. E teve a sua visão da meta. E a visão da meta inicia um  processo de energia de consciência, cuja atividade atrai aquilo que em  vós se mantém ligado à massa. Em cada dia que passa no vosso tempo  linear, a visão da meta apresenta-se na vossa consciência num certo  momento no dia. Essa visão é trazida pela Mônada. Ela pode se apresentar  como um cristal de significado de altíssima freqüência, ou como um som  interno, ou como um cântico suave, magnético que vos chama para o alto  ou como um padrão continuamente mutável de direções ascensionais. Ou  como uma textura de luz inteligente que vos aponta a meta a atingir, ou  simplesmente como uma atmosfera interior de saudade do  futuro-eternidade.
                 Para cada um, a meta apresenta-se da forma certa para polarizar a  consciência tridimensional de cada um. Este processo é hermético. 
                 É também por isso, porque este canal de contato com a meta já está  aberto, porque esta abertura está a acontecer em muitas placas da  consciência coletiva humanidade, que o tempo dos mestres, o tempo dos  gurus, terminou.
                 O contato em certo grau com a vossa meta queima o material renitente.  Ele queima o material que possa estar ainda polarizado em sistemas  esotéricos. Ou que possam estar ainda vibrando em níveis de submissão à  massa.
                 O contato com a meta, o contato interno com a meta, sublima todo  material que possa estar dificultando a vossa apreciação do real.
                 Existem dois fatores que sincronizados, harmonizados, permitem a visão  da meta interior. São dois ritmos complementares: um é de natureza  cósmica, é de natureza estelar e desenvolve-se no seio Monádico do vosso  ser. Pouco há a dizer sobre este ritmo de despertar. O 2º ritmo,  complementar ao 1º, é de natureza planetária e acontece no vosso campo  veicular inferior. Acontece na personalidade.
                 No 1º, no 1º ritmo de despertar, que é de natureza cósmica é necessário  que a Mônada entre em contato com energias cósmicas que se encontram  descrevendo curvas descendentes entre o plano cósmico dos arquétipos e o  plano mental cósmico.
                Existem inteligências divinas, correntes de inteligência divina que ligam os arquétipos ao plano mental cósmico.
                 Quando essas correntes de inteligência divina tocam a Mônada, ela  desabrocha para um horizonte de realização da consciência que é  infinito, insondável. Nesse momento, a vossa Mônada despertou para a  corrente cósmica Crística. É verdadeiramente um mergulho na luz  superior. É um batismo Monádico.
                 Esta oportunidade acontece em função de um certo trabalho que é interno  à Mônada. E que não vamos desenvolver aqui, porque não é um trabalho  compatível com a linguagem. O batismo Monádico, momento em que a Mônada  se encontra com aquilo que é arquétipo, não é algo que possa ser tratado  com linguagem.
                 Deste 1º ritmo, deste despertar do ser para o seu vínculo cósmico,  pouco chega à consciência tridimensional, exceto no caso de um ser  excepcionalmente afinado, o que é raríssimo na vossa civilização de  superfície. Em si mesma a Mônada não adormece nunca. Ela não conhece o  estado de ignorância em nenhum aspecto.
                 Simplesmente, ela realiza aquilo que já sabe. Ela realiza aquilo que  conhece como potência. Em si mesma, a Mônada jamais perde a noção  daquilo que é, jamais perde a vivência daquilo que é, do seu trabalho,  da sua alegria imperecível, do seu contato com o plano Divino. Jamais.
                 Como extensão direta da vontade do Pai e da super consciência do Pai,  como extensão direta desta vontade Divina nos mundos manifestados, a  Mônada nunca perde o contato com a sua origem.
                 Quando dizemos que uma Mônada desperta, dizemos simplesmente que ela  desperta para certas energias superiores sagradas, secretas, que a  conduzem no compromisso cósmico, e que a conduzem na relação rítmica com  os veículos da personalidade. Que a conduzem no progressivo controle  destes veículos. É isto que compõe o despertar de uma Mônada. E este  primeiro aspecto do despertar da Mônada é essencial. Como sabeis, esse  aspecto não depende de nenhuma vontade superficial, não depende da vossa  vontade externa. Não há nada que possa ser feito a partir do campo da  personalidade que possa acelerar ou atrasar esse processo de despertar.
                 Esse processo é totalmente independente da vossa pessoa, é totalmente  independente dos vossos níveis humanos. Ele é um legado cósmico, é uma  herança cósmica. E a sua dinâmica, que é secreta, sagrada, nada tem a  ver com o vosso trabalho externo.
                 Realizem isto. Vocês podem sentir isso. O livre arbítrio não influencia  em nada, o despertar da Mônada; inclusive após este processo de  despertar monádico, de batismo monádico, nas inteligências arquetípicas,  após este processo de despertar que contém em si todas as implicações  daquilo que vocês chamam uma iniciação, o ser externo pode durante  períodos de tempo, adormecer para a vida do espírito. O ser externo. Mas  a sua Mônada jamais voltará aos estágios anteriores.
                 O contato com as energias superiores que iniciam a Mônada produz  transmutações irreversíveis nos vossos veículos superiores, cósmicos,  nos veículos Monádicos. Contudo, e para que  programa solar, Crístico  que está vinculado a cada um de vós se cumpra integralmente, esse  primeiro ritmo de despertar, meus irmãos, deve ser complementado pela  qualidade com que a consciência tridimensional se relaciona com os seus  veículos e pela qualidade com que a consciência tridimensional se  relaciona com a Mônada. E este é o vosso trabalho. A qualidade com que  vocês estão a se relacionar com os veículos, e a qualidade com que vocês  se abrem à Mônada é o vosso trabalho.
                 Quando falamos de um campo para lavrar, quando falamos de uma pedra  bruta que deverá ser transformada em diamante, estamos a falar da  qualidade com que a vossa consciência externa se relaciona com aquilo  que lhe é ainda mais externo e com aquilo que é interno.
                 Como sabeis, a consciência tridimensional também é um pólo consciente  do ser. É uma emanação do Eu superior. É uma consciência que é emanada  do Eu superior para habitar os veículos.
                 A consciência tridimensional é o embaixador do Eu superior nos mundos  tridimensionais. Simplesmente esta consciência tridimensional, por  questões por razões físicas, astrais, mentais e no vosso caso por  questões etéricas, também perde o contato com sua origem. Então, surge  essa amnésia do espírito que caracteriza tantos seres da superfície.
                 Para que haja uma correta visão da meta é necessário que exista um  ritmo de complementação entre a consciência tridimensional e o despertar  Monádico. Esta complementação irá realizar a circulação livre, livre,  da luz na totalidade do vosso ser.
                Quando a luz atinge os planos inferiores do vosso ser, ela expande-se ainda mais nos planos superiores. 
                 Estes dois aspectos do despertar, o despertar cósmico da Mônada e o  despertar terrestre da consciência tridimensional devem ser o mais  possível sincrônicos, harmonizados.
                 À medida que a Mônada desperta para o seu destino cósmico, a  consciência tridimensional deve despertar para o seu destino Monádico.  São dois ritmos do despertar, encadeados, interligados. O pólo de  consciência que habita a personalidade deve abrir-se ao despertar maior  Monádico que se opera no seu interior. Deve abrir-se a este despertar,  assistindo calmamente, sem reações assistindo às lavagens de todos os  resíduos que já não interessam para a tarefa que irá ser iniciada.
                 A nenhum de vós é apresentado o caminho sem ser apresentado uma tarefa  que vos irá equilibrar ao longo do caminho. Caminho e tarefa estão  íntimamente ligados.
                 Vocês assistem à lavagem de tudo aquilo que cumpriu a sua função e que  não mais vos pode ajudar, e que já não vos diz mais respeito. Isso já  está a acontecer convosco, vocês vêem essa lavagem.
                 E aqui, avisamos, meus irmãos, avisamos que algum do material mais  renitente em abandonar o seio do ser são as placas rígidas de átomos  mentais que foram criadas pelo contato desse ser com aquilo que vocês  chamam de esoterismo clássico.
                 A permanência em conceitos e noções que estão ligados àquilo que vocês  chamam esoterismo clássico, criou nódulos de difícil dissolução na vossa  mente.
                 Foi um ótimo veículo para percorrer um segmento do percurso. Foi ótimo,  foi criativo. Contudo, agora estão sendo apresentados a vós novos tipos  de pavimento, novos tipos de estrada. Então é necessário mudar de  veículo. Vocês aproximaram-se das coisas sagradas, vocês aproximaram-se  da Vida do Espírito, transportando convosco os hábitos mentais rígidos  das disciplinas externas, das disciplinas exotéricas. Vocês  transportaram convosco para o seio das coisas sagradas, para o seio da  vida do espírito, a tendência ao enciclopedismo, à comparação, à  análise, a tendência para a erudição.
                 Isso produziu um tipo de situação mental especial que é de difícil  remoção. Vocês vêem isso. São estruturas mentais que combinam antigos  defeitos mentais, com direcionamento cósmicos corretos mas cuja forma já  foi ultrapassada pelos ciclos nos quais o planeta Terra está entrando.
                 Torna-se muito difícil, há um dispêndio de energia para lá do  considerado apropriado, torna-se muito difícil a remoção dessas placas  mentais, conceituais ligadas ao esoterismo que vocês por vezes  transportam em vós.
                 Isto porque vocês construíram a vossa segurança interior com base  nesses sistemas esotéricos e naturalmente, na fase de limpeza vocês  acabam por sentir uma grande insegurança quando são convidados a  abandonar esse material. Quando são convidados a entregar também esse  material à purificação.
                 Por aí, vocês podem ver que construíram a vossa segurança em  territórios periféricos ao templo, não no interior do templo; vocês  construíram a vossa segurança em zonas periféricas do templo, mas não o  fizeram no templo, e muito menos no sacrário.
                 Já há muito tempo que nós vos dizemos: Construí a vossa segurança no  único sítio que é seguro, no único sítio que é imune às armadilhas de  fora, às armadilhas que vem da forma.
                Construí a vossa segurança no Sacrário do templo. No Fogo interno.
Continua.
André Louro De Almeida
 

 
Ótimo ensinamento.
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